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A tragédia ocorrida no edifício residencial em Fortaleza com seu desabamento, e os indícios da necessidade de manutenção corretiva e preventiva são alertas fundamentais a todos que hoje residem em edifícios no Brasil.

Não são somente os edifícios residenciais que deixam de executar manutenções periódicas preventivas, e até as corretivas que colocam em risco a estabilidade de estruturas e que poderão gerar tragédias como esta, lamentável que hoje todos assistimos.

É fundamental que do ocorrido tiremos lições e coloquemos em ação práticas que deverão evitar o colapso estrutural que destroem famílias, comovem o país e o mundo.

Medidas cotidianas são fundamentais a toda e qualquer edificação existente, sejam mais novas ou de idades mais avançadas, é sempre bom estar atento aos sinais e também ao plano de manutenção necessário da edificação. Toda e qualquer estrutura por norma tem previsão de vida útil em até 50 anos, seguidas as medidas preventivas de manutenção, uma vez que cada fragmento do todo da edificação tem o seu “prazo de validade” e necessitará de intervenção preventiva ou corretiva a fim de continuar a exercer a sua função no conjunto estrutural.

Serviços corretivos sempre são mais custosos e chegam a assustar os condomínios e seus condôminos quando dos valores orçados, que dependem diretamente, do estado de preservação de cada edificação. Reparo de fachada, impermeabilização, pinturas, vedação de caixilhos, vidros dentre outros, tais quais estruturas metálicas, parafusos, gradis, muros de divisa, contenções e instalações diversas, principalmente as de gás. Todas devem ser consideradas e fiscalizadas com frequência e periodicidade pré definidas. É sempre importante seguir as normatizações vigentes específicas; são inúmeros os procedimentos de reparo e manutenção indicados que devem ter sua devida importância valorizados por todos. Fundamental que as empresas que executem esses serviços tenhas seus profissionais e engenheiros devidamente registrados no CREA regional, que emitam laudos e ART`s (anotação de responsabilidade técnica).

Valorize sempre a qualidade do profissional que lhe atende, fique sempre atento ao embasamento técnico, as soluções propostas, as certificações e atestados apresentados na hora de comparar orçamentos de reparos, pois nesses casos em específico, não deve ser sempre o menor preço, e sim a melhor equipe, a melhor solução, e que se consulte sempre bons profissionais, estes qualificados para cada função.

A estrutura de praxe antes do colpaso (ruptura, desmoronamento) irá apresentar sinais. Ferragens expostas, pontos de ferrugem, manchas, trincas, rachaduras… A presença de umidade anormal, coloração, infiltração, vazamento, dentre muitos outros sinais, não devem ser relevados e sim investigados. Fique atento, pois as vezes são necessárias apenas pequenas intervenções imediatas que previnam e os solucionem.

Lamentável é ver que temos como cultura resolver quando “quebra”, assim é com carro, assim é com utensílios domésticos, equipamentos em geral e também com nossa casa. Público e privado seguem a mesma parametrização em suas maiorias, como observamos em pontes e viadutos que caem, mas ha tempos deterioram sem manutenção aos olhos de todos. Não esperemos e tomemos as ações necessárias para mudar a nossa cultura a fim de salvarmos vidas e evitarmos tragédias como a que assistimos hoje e que todos nós lamentamos muito.

Texto: Eduardo Reyes

Algumas referências para este texto:

https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/10/16/predio-que-desabou-em-fortaleza-vinha-caindo-aos-poucos-afirma-porteiro-sobrevivente.ghtml
Imagem destaque do site G1

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/10/predio-que-desabou-em-fortaleza-tem-problemas-ha-14-anos-diz-filho-de-vitima.shtml?loggedpaywall

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